nada, inexistente; um amontoado de circunstâncias que nunca acontecem, que se repelem do ponto referencial.
Em resumo: vida: inalcançável.
sábado, 23 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
plank-tos
Eu amo, Pavel, eu amo imensamente; eu não sei se posso ser amado como gostaria de sê-lo, mas não desespero; eu sei pelo menos que se tem muita simpatia por mim; eu devo e quero merecer o amor daquela que amo, amando-a religiosamente, quer dizer, ativamente; - ela está submetida à mais terrível e à mais infame escravidão; - e devo libertá-la combatendo seus opressores e acendendo em seu coração o sentimento de sua própria dignidade, suscitando nela o amor e a necessidade da liberdade, os instintos da revolta e da independência, lembrando a ela o sentimento de sua força e de seus direitos. Amar é querer a liberdade, a completa independência do outro, o primeiro ato do verdadeiro amor, é a emancipação completa do objeto que se ama; não se pode verdadeiramente amar senão a um ser perfeitamente livre, independente não somente de todos os outros, mas mesmo e sobretudo daquele pelo qual é amado e que ele próprio ama. Eis minha profissão de fé política, social e religiosa, eis o sentido Intimo, não somente de minhas ações e de minhas tendências políticas, mas também, tanto quanto eu possa, o de minha existência particular e individual, pois o tempo em que estes dois tipos de ação podiam ser separados já está bem longe de nós; agora o homem quer a liberdade em todas as acepções e aplicações desta palavra, ou então ele não a quer absolutamente. Querer, amando, a dependência daquele a quem se ama, é amar uma coisa e não um ser humano, pois este só se distingue da coisa pela liberdade; e também se o amor implicasse a dependência, ele seria a coisa mais perigosa e a mais infame do mundo porque criaria uma fonte inesgotável de escravidão e de degradação para a humanidade. Tudo que emancipa os homens, tudo que, fazendo-os entrar neles mesmos, suscita o princípio de suas próprias vidas, de uma atividade original e realmente independente, tudo que lhes dá a força de serem eles próprios, - é verdadeiro; todo o resto é falso, liberticida, absurdo. Emancipar o homem, eis a única influência legítima e benfeitora. Abaixo todos os dogmas religiosos e filosóficos, eles nada mais são do que mentiras; a verdade não é uma teoria, mas um fato; a vida é a comunidade de homens livres e independentes - é a santa unidade do amor brotando das profundezas misteriosas e infinitas da liberdade individual.
(BAKUNIN, Mikhail. Bakunin por Bakunin)
Parece-me tudo tão vazio, em meio ao fundo branco, acontece de novo. Ao longe me vejo, não estou em meu corpo. Eu voo, eu voo, além do que posso entender em turbilhão de dissonâncias, em amor profundo e drone. Alto vou, quase insone. E ultrapasso o branco-ego. Livre vejo e falo, ouço e sinto. Sou eu, volto a mim, verdade e libre.
sábado, 9 de maio de 2009
Quando Te Opus
Indiferentes são
as idéias previstas,
as ideologias, que
vivem em épocas não-atuais
da minha, vestidas
de sangue e batalha,
fervor que não ampara.
Não me atrai
os falsos revolucionários.
De braços dados
amputados em dores,
que vão e voltam
falsos clamores
em vão a simulacra
revolta.
as idéias previstas,
as ideologias, que
vivem em épocas não-atuais
da minha, vestidas
de sangue e batalha,
fervor que não ampara.
Não me atrai
os falsos revolucionários.
De braços dados
amputados em dores,
que vão e voltam
falsos clamores
em vão a simulacra
revolta.
Aqu[i]ém mim
Sinto a falta.
Sinto o nada.
Sinto o enxame.
A falta, a vergonha,
o vexame.
O nada por parte,
existe em tempo-distância,
espaço-circunstância.
Esquecido no hemisfério cerebral,
região memorial.
Traz saudade
do que nunca tive
e imagino aonde você esteve,
meu coração drenou
o sangue e palpitou.
Mas invisível é aquele
que nada adianta
ser algo.
E a memória falha
e só desatina a tristeza,
ó tristeza, por que não
se torna nada?
Sinto o nada.
Sinto o enxame.
A falta, a vergonha,
o vexame.
O nada por parte,
existe em tempo-distância,
espaço-circunstância.
Esquecido no hemisfério cerebral,
região memorial.
Traz saudade
do que nunca tive
e imagino aonde você esteve,
meu coração drenou
o sangue e palpitou.
Mas invisível é aquele
que nada adianta
ser algo.
E a memória falha
e só desatina a tristeza,
ó tristeza, por que não
se torna nada?
sábado, 2 de maio de 2009
Porém
Da misantropia exacerbada
inicio minha vida.
E termino em pequeno
caminho desprovido
de luz e sigo.
Não faço parte disso
e desisto de encontrar
a semi-parte concêntrica
do escuro céu celeste
que permeia os olhos, todos teus,
invisíveis, nunca existentes.
inicio minha vida.
E termino em pequeno
caminho desprovido
de luz e sigo.
Não faço parte disso
e desisto de encontrar
a semi-parte concêntrica
do escuro céu celeste
que permeia os olhos, todos teus,
invisíveis, nunca existentes.
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