Não cativei ninguém, não sei se isso quer dizer que não sou um sequestrador ou qualquer coisa do tipo. Mas acho que estou em um cativeiro. E eu não gosto nem um pouco de quem me cativou: a Vida.
Ela é relutante e distraída, sempre me esquece. Mas me sinto na obrigação de estar aqui, parece que Ela se divide no que acontece, no que aconteceu e no que acontecerá. Ela me deixa tão curioso, porém tão frustrado ao mesmo tempo.
Ela um dia me apareceu vestida de negro, até hoje não sei se era realmente Ela. Fora em um dia de desespero, Ela era tão viva e intensa e parecia me querer tanto. Mas quando se aproximou senti um frio imenso.
Depois disso o único frio que sinto é aqui dentro, enquanto tá calor lá fora. A Vida mal me conhece e não parece querer conhecer. A Vida me cativou, mas ela não se tornou responsável por mim. A Vida não tem cor.
terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Dorme cedo.
Acorda cedo.
Não chore.
Não se iluda.
Sua dor não vai ser escutada.
Não tome remédios.
Não se deprima.
Você é tudo
em sua vida.
Já é hora de ser alguém.
Já é hora de ser alguém.
Já é hora de ser alguém.
Já é tarde nesse céu,
nessa noite.
Já é noite nesse céu,
nessa dor.
Suavemente,
em equilíbrio divino
nasce um novo anjo,
em berço excêntrico
com suas asas a florir
uma nova manhã.
Aqui é a terra de ninguém,
de todos e mais alguém.
Já temos o oceano,
a vida, a agonia,
o infinito espaço...
e assim nasce um novo dia.
Fecha os olhos com a imensidão
para nunca mais os abrir.
Acorda cedo.
Não chore.
Não se iluda.
Sua dor não vai ser escutada.
Não tome remédios.
Não se deprima.
Você é tudo
em sua vida.
Já é hora de ser alguém.
Já é hora de ser alguém.
Já é hora de ser alguém.
Já é tarde nesse céu,
nessa noite.
Já é noite nesse céu,
nessa dor.
Suavemente,
em equilíbrio divino
nasce um novo anjo,
em berço excêntrico
com suas asas a florir
uma nova manhã.
Aqui é a terra de ninguém,
de todos e mais alguém.
Já temos o oceano,
a vida, a agonia,
o infinito espaço...
e assim nasce um novo dia.
Fecha os olhos com a imensidão
para nunca mais os abrir.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
Novos ares
Meus olhos ardem e a espera é longa. O lençol fede a cigarro, deve ser esse meu corpo podre. Eu espero deitado, mas estou acordado. Quando chegará? Eu espero deitado, mas estou acordado. Você não virá. Minh'alma é uma arma e ela está pronta a disparar. De flashes em flashes, a disparar. De vida à alma, se separar. Minh'alma está desligada, sem foco e mais nada, e o cigarro queima em minha testa e perfura meu crânio e esvai... não fumo, meu bem. Leva-me, não me deixa aqui em meio a essas grades. Leva-me em seu voo, estou aqui à espera para flutuar. Mas se os ares mudarem e te guiarem para outro caminho, nada posso fazer, o que eu apenas posso dizer é: adeus e siga os ventos que te conduzam ao sul.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
no one likes the lonely one
A noite me traz a sua escura solidão, desgastada em céu profundo, sem nuvens. E quando dorme depois da tortura alucinante, vem um novo calmo dia e a sua rotina. E nada impede de fazer tudo, pois o sol, dizem, é grande e te acompanha pelo dia. Mas logo chega a noite e a solidão, a falta de um amor intenso. Então, desgastado é o meu ser em pensamentos, em sonhos e imaginações, criações de futuros submersos em felicidade, mas logo vem um novo dia e o sol acompanha o céu e ilumina, e segue-se a rotina. A lua chega antes, antes de ficar escuro e ela está lá prenunciando o desalento fim. E surge em minha mente pensamentos, tristes pensamentos e me deito mais cedo. E no novo dia acordo antes do sol e me abstenho a esperá-lo pela janela. E é nessa hora que a vejo pela primeira vez, antes do pôr-do-sol, ela anda com as mãos no bolso nessa manhã fria, seu rosto corado, seu cabelo curto, seu jeito de andar... tudo isso me deixa sem ar. Mas ela passa, não me acompanha durante o dia como o sol me acompanha, ela some por entre caminho verde e de mistério. Assim surge o sol, em manhã sóbria e silenciosa, calma e duradoura.
Assinar:
Postagens (Atom)