A noite me traz a sua escura solidão, desgastada em céu profundo, sem nuvens. E quando dorme depois da tortura alucinante, vem um novo calmo dia e a sua rotina. E nada impede de fazer tudo, pois o sol, dizem, é grande e te acompanha pelo dia. Mas logo chega a noite e a solidão, a falta de um amor intenso. Então, desgastado é o meu ser em pensamentos, em sonhos e imaginações, criações de futuros submersos em felicidade, mas logo vem um novo dia e o sol acompanha o céu e ilumina, e segue-se a rotina. A lua chega antes, antes de ficar escuro e ela está lá prenunciando o desalento fim. E surge em minha mente pensamentos, tristes pensamentos e me deito mais cedo. E no novo dia acordo antes do sol e me abstenho a esperá-lo pela janela. E é nessa hora que a vejo pela primeira vez, antes do pôr-do-sol, ela anda com as mãos no bolso nessa manhã fria, seu rosto corado, seu cabelo curto, seu jeito de andar... tudo isso me deixa sem ar. Mas ela passa, não me acompanha durante o dia como o sol me acompanha, ela some por entre caminho verde e de mistério. Assim surge o sol, em manhã sóbria e silenciosa, calma e duradoura.
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