segunda-feira, 20 de abril de 2009

Do isolamento

Da distância vejo o início, irrealizável início. Será se me tranco ou me elevo? Em total desarmonia com meu eu, vejo o início, inalcançável início. Pago o preço de um isolamento prévio? Quero buscar, ir atrás, me envolver nos braços do começo. Do verme que fui ao esconder na terra, agora posso comer o alface que saíste desta e respirar o ar, mesmo que impuro, da resolução.

Na terra me escondi por ter medo da seqüência de fatos que poderiam se suceder. Da terra me alimentei e me prejudiquei, me intoxiquei e eliminei uma parte de mim. Da mudança quero tomar, na discórdia que enaltece todos os caminhos possíveis de acontecer, tomo uma direção e escolho um caminho e tento seguir.

Agora tenho o ar e não a compressão fóbica da terra. Agora que me sobram escolhas, sem angústias, com precedência vejo ao longe através do invisível e da fácil compreensão do ar, que antes a liberdade terrena me soterrava com seus grãos, onde me esmagavam e não me deixavam enxergar, o caminho. Existo e me direciono para agora o compreensível.

Tão leve fica através da existência agora vivida, mudar sua essência e encontrar algo para qual se direcionar e não se calar.

2 comentários:

Andressa M. disse...

Gosto do que tu escreves. :]

mah* disse...

=O nossa ygor!!! vc escreveu seqüência com trema, comofas