sexta-feira, 27 de junho de 2008
Bosta de crise, não sou de falar palavrão, mas que bosta de crise. Queria apagar todo esse bla bla bla aí embaixo, não digo apenas do post embaixo, me refiro a tudo. E isso começa a acontecer frequentemente, sei de todo arrependimento que se vem depois que se apaga partes de sua vida, sei sim. Óbvio que isso já faz parte da minha vida, esse blog se tornou um certo escape, ou apenas um depósito, onde jogo quase tudo, na verdade isso se parece mais com uma lixeira. Seria idiota dizer que estou cansado, todos dizem isso ultimamente. Quanta besteira, vou publicar isso apenas pra ler depois.
Sinto me desgastando, eu sou escasso em meus ossos e carne,
não quero que ninguém tenha muitas esperanças quanto a mim.
Vocês podem me esquecer, enfim, eu fraquejo de medo.
Sou mais um covarde que escreve, pois nada faz,
todos esses hipócritas que dizem que todas as coisas são bonitas
enquanto todos vivem na merda, me sinto igual agora.
Não faço nada por ninguém, sou um fraco que não tem mais medo do escuro,
fico nele pensando sobre tudo, mas às vezes me vejo tentando escrever coisas belas,
uma grande terapia, de merda, posso dizer.
Quando todos vão se levantar e fazer algo? Quando o esgoto infundir em suas narinas
e não aguentarem, realmente, o seu odor? Quantas besteiras, porcarias,
escrevem tudo igual, não aguentarei muito mais.
não quero que ninguém tenha muitas esperanças quanto a mim.
Vocês podem me esquecer, enfim, eu fraquejo de medo.
Sou mais um covarde que escreve, pois nada faz,
todos esses hipócritas que dizem que todas as coisas são bonitas
enquanto todos vivem na merda, me sinto igual agora.
Não faço nada por ninguém, sou um fraco que não tem mais medo do escuro,
fico nele pensando sobre tudo, mas às vezes me vejo tentando escrever coisas belas,
uma grande terapia, de merda, posso dizer.
Quando todos vão se levantar e fazer algo? Quando o esgoto infundir em suas narinas
e não aguentarem, realmente, o seu odor? Quantas besteiras, porcarias,
escrevem tudo igual, não aguentarei muito mais.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
hoje é quarta feira
me traga mais tristeza
e um gole de sangue
do canto da boca
hoje é quinta feira
repito o inexistente
refaço o que fiz hoje
caio no abismo de ontem
hoje é sexta feira
me entupo de melancolia
me drogo com pensamentos
alucinógenos não são precisos
hoje é sábado
me deixe de lado
hoje é domingo
nunca me pediu cachimbo
hoje é segunda feira
me traga a realeza
que dessa vez
chuto suas bundas
hoje é um dia a mais
me convém dizer tanto faz
me traga mais tristeza
e um gole de sangue
do canto da boca
hoje é quinta feira
repito o inexistente
refaço o que fiz hoje
caio no abismo de ontem
hoje é sexta feira
me entupo de melancolia
me drogo com pensamentos
alucinógenos não são precisos
hoje é sábado
me deixe de lado
hoje é domingo
nunca me pediu cachimbo
hoje é segunda feira
me traga a realeza
que dessa vez
chuto suas bundas
hoje é um dia a mais
me convém dizer tanto faz
domingo, 15 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quando o céu escurecer
Esse era um dia como todos os dias, até provarem o contrário. O mês era um dos doze. Fazia frio, o céu tava escuro e nublado. Ele olhava a luz da escrivaninha, era uma luz iluminada, não tanto porque historicamente tiveram luzes que iluminaram mais do que essa, mas essa tava em cima da sua escrivaninha e era a única que podia ver. Esperava ansioso uma resposta, tinha feito uma pergunta. A libélula apareceu na janela, ele correu até ela. Ela disse que tinha acontecido alguns problemas e acabou não conseguindo completar o que devia fazer. Ele, então, sentou na cadeira e revirou os dedos, que eram tortos. A libélula entrou e começou a se debater na luz, ele apagou-a. Pediu desculpas para ela. "A curiosidade matou o gato e não a libélula", disse a ele. Ele, intrigado, confirmou com a cabeça. Então, ficaram os dois no escuro.
Ele havia adormecido na cadeira, a libélula já tinha ido embora. Até agora não tinha a resposta. Agora via uma luz que iluminava mais do que a da sua escrivaninha, logo notou que era o sol. Foi até a porta, girou a maçaneta, fechada. Olhou em todos os cantos do pequeno quarto, desistiu e sentou na cadeira novamente. Enquanto olhava para a porta começaram a sair várias bolhas de sabão do buraco da fechadura. Aos poucos seus olhos se fecharam e adormeceu. Acordou assustado, já estava escuro. Acendeu a sua luz e esperou olhando para a janela. As nuvens se escureciam junto com o céu. As árvores eram apenas sombras. Seus olhos se fixavam além, esperando aparecer algo incomum. Quando a libélula chegou carregando algo. Ela jogou em cima dele o que carregava em suas fracas patas, era um urso de pelúcia. Ele sorriu, mas não entendeu o que ela queria dizer. "Essa é a resposta", disse a ele. Ele apagou a luz: "Eu preciso saber mais". "Tenho medo de não obter mais do que isso". Ele abaixou a cabeça e olhou para o urso. "Mas, vou tentar". Ele sorriu e segurou firme o brinquedo. As nuvens já se tornavam o chão para as árvores e a lua engolia tudo a sua volta.
Acordou, estava deitado no chão. Foi até a porta, girou a maçaneta, a porta não abriu. O sol não estava iluminando muito. Sentou na cadeira e ficou olhando para o urso. Acendeu a luz para enxergar melhor. O urso parecia ter sido mal-tratado, mas mostrava que alguém andou cuidando dele, pois estava cheio de remendos. Olhou para um canto de seu quarto e viu uma grande fileira de formigas que logo sumiam em uma fenda. Colocou o urso do lado da luminária, olhou para a janela e as nuvens se moviam devagar. A luz começou a piscar até não acender mais; o céu já escurecia. A libélula não voltou mais.
Ele havia adormecido na cadeira, a libélula já tinha ido embora. Até agora não tinha a resposta. Agora via uma luz que iluminava mais do que a da sua escrivaninha, logo notou que era o sol. Foi até a porta, girou a maçaneta, fechada. Olhou em todos os cantos do pequeno quarto, desistiu e sentou na cadeira novamente. Enquanto olhava para a porta começaram a sair várias bolhas de sabão do buraco da fechadura. Aos poucos seus olhos se fecharam e adormeceu. Acordou assustado, já estava escuro. Acendeu a sua luz e esperou olhando para a janela. As nuvens se escureciam junto com o céu. As árvores eram apenas sombras. Seus olhos se fixavam além, esperando aparecer algo incomum. Quando a libélula chegou carregando algo. Ela jogou em cima dele o que carregava em suas fracas patas, era um urso de pelúcia. Ele sorriu, mas não entendeu o que ela queria dizer. "Essa é a resposta", disse a ele. Ele apagou a luz: "Eu preciso saber mais". "Tenho medo de não obter mais do que isso". Ele abaixou a cabeça e olhou para o urso. "Mas, vou tentar". Ele sorriu e segurou firme o brinquedo. As nuvens já se tornavam o chão para as árvores e a lua engolia tudo a sua volta.
Acordou, estava deitado no chão. Foi até a porta, girou a maçaneta, a porta não abriu. O sol não estava iluminando muito. Sentou na cadeira e ficou olhando para o urso. Acendeu a luz para enxergar melhor. O urso parecia ter sido mal-tratado, mas mostrava que alguém andou cuidando dele, pois estava cheio de remendos. Olhou para um canto de seu quarto e viu uma grande fileira de formigas que logo sumiam em uma fenda. Colocou o urso do lado da luminária, olhou para a janela e as nuvens se moviam devagar. A luz começou a piscar até não acender mais; o céu já escurecia. A libélula não voltou mais.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
dia vinte e um de um triste mês
Tinha acabado de acordar e me olhava no espelho do banheiro. Nada de diferente. Uma mosquinha de banheiro estava na pia (desculpa por não saber seu real nome), ela nem sequer notava que eu ia abrir a torneira e, talvez, a água a levaria para o ralo. Então, tentei tirá-la da pia, meio que empurrando com o dedo, sem encostar nela. Mas ela não saía da pia, tava sendo inútil o que eu fazia. Quando ela voou e posou em uma gota, se contorceu e virou de costas. Suas asas se desmancharam na gota d'água, enquanto suas patas se balançavam no ar. Pensei em esmagá-la com o dedo indicador, mas alguma coisa me impediu. Então, como se reivindicasse algo, esmaguei-a. Deixei a água levar os seus restos da pia e da minha mão. Levei-a até a morte, mesmo com o intuito de salvá-la. Estou muito triste.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
das terras exiladas que nem as cinzas restam
onde os pássaros, distantes, fogem depressa
não existe inverno, nem verão que esquente
a alma que deixava um corpo que pouco sente
- aqui jaz aquele de face feia e desdentada!
que no peito não levou nada
mas na cara deixou a sofrida inexistência
de um grito não lançado em meio
a sua bruxuleante essência
onde os pássaros, distantes, fogem depressa
não existe inverno, nem verão que esquente
a alma que deixava um corpo que pouco sente
- aqui jaz aquele de face feia e desdentada!
que no peito não levou nada
mas na cara deixou a sofrida inexistência
de um grito não lançado em meio
a sua bruxuleante essência
terça-feira, 3 de junho de 2008
o que hei de fazer
siga o seu caminho através de seus olhos
que eu seguirei o meu através dos meus
o real e irreal não podem morrer, pois um é a base do outro
em um caminho escuro posso ser minha própria luz
entrar em combustão para se enxergar os pequenos detalhes
para que eu possa narrar minuciosamente todos meus passos
as estrelas podem me ajudar, mas não vão ser elas que me guiaram
elas podem ser guias simbólicos, pois na minha alma é que encontra a minha vontade
a rua das orquídeas se fragmenta em pequenos ornamentos
que oram em comunhão de todos os presentes
então se vão as flores em chamas que, outrora, seriam frutos
pois tudo que eu esperei que pudesse ser ensinado em minha infância, não foi
não me ensinaram a viver, apenas a sofrer
não me ensinaram a expressar, mas venho tentando com o tempo
não me responderam as minhas perguntas
apenas me ensinaram coisas que eu não queria saber
agora tudo não passa de tentativas
estou preso em um quarto escuro e tenho só a mim para conversar
que eu seguirei o meu através dos meus
o real e irreal não podem morrer, pois um é a base do outro
em um caminho escuro posso ser minha própria luz
entrar em combustão para se enxergar os pequenos detalhes
para que eu possa narrar minuciosamente todos meus passos
as estrelas podem me ajudar, mas não vão ser elas que me guiaram
elas podem ser guias simbólicos, pois na minha alma é que encontra a minha vontade
a rua das orquídeas se fragmenta em pequenos ornamentos
que oram em comunhão de todos os presentes
então se vão as flores em chamas que, outrora, seriam frutos
pois tudo que eu esperei que pudesse ser ensinado em minha infância, não foi
não me ensinaram a viver, apenas a sofrer
não me ensinaram a expressar, mas venho tentando com o tempo
não me responderam as minhas perguntas
apenas me ensinaram coisas que eu não queria saber
agora tudo não passa de tentativas
estou preso em um quarto escuro e tenho só a mim para conversar
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