quarta-feira, 11 de junho de 2008

dia vinte e um de um triste mês

Tinha acabado de acordar e me olhava no espelho do banheiro. Nada de diferente. Uma mosquinha de banheiro estava na pia (desculpa por não saber seu real nome), ela nem sequer notava que eu ia abrir a torneira e, talvez, a água a levaria para o ralo. Então, tentei tirá-la da pia, meio que empurrando com o dedo, sem encostar nela. Mas ela não saía da pia, tava sendo inútil o que eu fazia. Quando ela voou e posou em uma gota, se contorceu e virou de costas. Suas asas se desmancharam na gota d'água, enquanto suas patas se balançavam no ar. Pensei em esmagá-la com o dedo indicador, mas alguma coisa me impediu. Então, como se reivindicasse algo, esmaguei-a. Deixei a água levar os seus restos da pia e da minha mão. Levei-a até a morte, mesmo com o intuito de salvá-la. Estou muito triste.

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