Não sei porque eu fiz isso, talvez foi para me aproximar mais das pessoas. Quase todos que eu conheço e que considero amigos tem isso. Mas eu vou me distanciar, como sempre. Como sempre. Me vejo sentado em um banco, sozinho. Momento bizarro quando o banco se desmancha. O que eu sempre fiz na vida é ficar longe. Distante. Não exprimir o que eu penso. Pensamentos distantes. Estou sumindo. Eu em um fundo branco, nada em volta. Sensação estranha. Tento descrever agora o quanto foi ruim. Como se a imagem fizesse eco. Todo esse eco voltado para mim. Então minha visão não está mais onde devia estar, tão como meus pensamentos. Acordo no outro dia, me olho no espelho e não sou mais eu. Todo dia não sou eu. Dias que me fazem pensar. Você nasceu para voar, li por aí. Então vôo, não em meu corpo, pois ele está paralisado. Pedaço de carne. O que eu faço agora? Frustração de toda essa vida suja. Agora no escuro eu me aperto, curvado. Não sei o que passo ser para os outros. Sou mais um. Menos um agora. Sou negativo. Que tudo acabe com um choque. Terra sagrada, Terra morta. Todos se foram, e eu em fundo branco. Me traga cor, por favor. Turbilhão de pensamentos jogados compondo uma vida confusa. Mão na testa, olhos focados no chão.
Vida Perdida.
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