Passamos o tempo juntos, tentando esquecer nossas angústias, inventando nossas histórias e olhando para a felicidade que dançava em nossa frente.
Nós chegamos em um lugar desconhecido. Lá havia uma grande árvore coberta por tons cinzas do pó que a cobria. Nenhum vento ousava passar por lá. Então subimos nela e em um galho sentamos, limpamos a poeira com nossos traseiros, eu e ela. Ficamos ali, não era necessário conversar, parecia que o dia fluía e, juntos, passamos a apreciar o tempo. Ela e seu olhar tão terno. O sol já se escondia e em tons tão lindos ficava o céu. Laranja, rosa, verde e roxo. Sol tão belo, nos observava. Por entre as montanhas ia sumindo. Enquanto o rio continuava a correr, agora marrom, do barro que se desprendia das montanhas enquanto o sol se aproximava. Já era tarde. Descemos. E corremos de volta para onde viemos, atravessando o verde escuro e ásperas folhas. Pulamos o rio. E nos separamos, cada um indo para o seu lar. Entrei em minha casa vermelho ferrugem com detalhes brancos desgastados. Logo deitei minha cabeça no travesseiro, procurei o lado mais gelado, fechei meus olhos enquanto a lua observava. Já estava acordado e o sol também. Para que ter sonhos enquanto dormia? Se eu e ela conseguíamos sonhar acordados. Corri pro lugar que antes era desconhecido. Subi a árvore, seguindo o par de pés que pisaram lá no dia anterior. Sentei e olhei para o lado, nada. Ela não estava lá. O lugar onde ela sentava estava empoeirado. Por alguns segundos fiquei desiludido, mas, de repente o vento que nunca passou por lá chegou e levou o pó, eu e meus sonhos para as estrelas que, empoeiradas, não brilharam mais. Mas ela estava lá, todo o brilho que eu precisava.
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Um comentário:
Aw, achei bonito. >.<
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